A fertilidade é resultado de uma série de fatores biológicos, hormonais e emocionais, mas o estilo de vida também tem um papel decisivo nessa equação. Alimentação, sono, atividade física, estresse e até a exposição a substâncias tóxicas podem influenciar diretamente a capacidade de engravidar.
Nos últimos anos, diversos estudos têm mostrado que escolhas do dia a dia podem aumentar ou reduzir as chances de concepção, tanto para mulheres quanto para homens. Isso significa que cuidar do corpo e da mente é também uma forma de cuidar do sonho da maternidade ou paternidade.
Neste artigo, vamos explicar de forma clara o que ajuda e o que atrapalha a fertilidade, e como pequenas mudanças de hábitos podem fazer uma grande diferença.
Como o estilo de vida afeta a fertilidade
O sistema reprodutivo é sensível ao equilíbrio do organismo. Alterações hormonais, inflamações e desequilíbrios metabólicos causados por maus hábitos podem interferir na ovulação, na qualidade dos óvulos e espermatozoides, e até na receptividade do útero.
Por outro lado, um estilo de vida equilibrado contribui para o bom funcionamento do ciclo menstrual, melhora a resposta aos tratamentos de reprodução assistida e favorece a gestação saudável.
Em resumo: quanto mais saudável o corpo, maiores as chances de uma fertilidade preservada.
O que ajuda a fertilidade
Antes de pensar no que pode dificultar a concepção, é importante conhecer os hábitos e cuidados que favorecem o equilíbrio hormonal e a saúde reprodutiva. Pequenas mudanças na rotina (alimentação, sono, prática de atividades físicas e forma de lidar com o estresse) podem ter grande impacto sobre a fertilidade de homens e mulheres.
A seguir, veja os principais fatores que ajudam o corpo a funcionar em harmonia e aumentam as chances de uma gestação saudável:
Alimentação equilibrada
A nutrição tem impacto direto sobre a produção hormonal, a qualidade dos gametas e a ovulação. Dietas ricas em frutas, legumes, grãos integrais, proteínas magras e gorduras boas (como o azeite e o abacate) são aliadas da fertilidade.
Entre os nutrientes mais importantes estão:
- Ácido fólico: essencial para a formação dos óvulos e prevenção de malformações no bebê.
- Zinco e selênio: melhoram a qualidade dos espermatozoides.
- Vitamina D: contribui para a regulação hormonal.
- Antioxidantes (como vitaminas C e E): combatem o estresse oxidativo, que pode danificar óvulos e espermatozoides.
Prefira alimentos naturais e evite ultraprocessados, ricos em açúcares e gorduras trans, que podem prejudicar o equilíbrio hormonal.
Manter um peso corporal saudável
Tanto o baixo peso quanto o sobrepeso podem interferir na fertilidade. O excesso de gordura corporal está associado à resistência à insulina e desequilíbrios hormonais, como ocorre na síndrome dos ovários policísticos (SOP). Já o baixo peso pode causar anovulação (ausência de ovulação).
O ideal é manter o IMC entre 20 e 25, com acompanhamento nutricional e orientação médica.
Praticar atividade física regularmente
A prática de exercícios ajuda a regular os hormônios, reduzir o estresse e melhorar a circulação sanguínea nos órgãos reprodutivos. Caminhadas, musculação leve e ioga são ótimas opções.
Mas atenção: o excesso de atividade física intensa pode ter efeito contrário, especialmente em mulheres, levando à irregularidade menstrual e dificuldade de ovular.
Equilíbrio é a chave: busque atividades prazerosas e regulares, sem exageros.
Sono de qualidade
Dormir bem é essencial para o equilíbrio hormonal. A privação do sono pode alterar a produção de hormônios como o cortisol (ligado ao estresse) e o LH, importante para a ovulação.
Tente manter uma rotina de sono entre 7 e 8 horas por noite, com horários regulares para dormir e acordar.
Controle do estresse emocional
O estresse crônico pode afetar a ovulação, a libido e até o sucesso de tratamentos de fertilidade. Isso ocorre porque o organismo, em estado constante de alerta, produz hormônios como o cortisol e a adrenalina, que interferem no equilíbrio reprodutivo.
Práticas como meditação, terapia, respiração consciente e momentos de lazer ajudam a reduzir a ansiedade e favorecem o bem-estar.
Em muitos casos, o suporte emocional durante o tratamento de fertilidade é tão importante quanto os cuidados médicos.

O que atrapalha a fertilidade
Assim como existem hábitos que fortalecem a saúde reprodutiva, alguns comportamentos e exposições do dia a dia podem ter o efeito oposto. Fatores como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, o estresse crônico e até a falta de sono podem interferir na produção hormonal, na qualidade dos óvulos e espermatozoides e, consequentemente, nas chances de engravidar.
Reconhecer o que pode estar prejudicando a fertilidade é o primeiro passo para adotar mudanças positivas e cuidar melhor do corpo e do sonho de formar uma família.
Vejamos agora alguns hábitos ruins para sua fertilidade:
Tabagismo
O cigarro é um dos maiores inimigos da fertilidade. Ele acelera a perda dos óvulos, reduz a qualidade do esperma e aumenta o risco de abortos espontâneos. Mulheres fumantes podem entrar na menopausa até 4 anos mais cedo do que as não fumantes.
Mesmo em tratamentos como a fertilização in vitro (FIV), o tabagismo reduz as taxas de sucesso. A boa notícia é que, ao parar de fumar, os efeitos nocivos começam a diminuir em poucos meses.
Consumo excessivo de álcool
O álcool em excesso interfere na produção hormonal, prejudica o amadurecimento dos óvulos e reduz a contagem e a mobilidade dos espermatozoides.
Embora o consumo eventual e moderado (como uma taça de vinho ocasional) possa ser tolerado, recomenda-se evitar completamente o álcool durante tentativas de engravidar e na gestação.
Uso de drogas e anabolizantes
Substâncias ilícitas e anabolizantes causam sérios danos à fertilidade. Entre os efeitos estão alterações hormonais, disfunção testicular, bloqueio da ovulação e até atrofia dos órgãos reprodutivos.
Essas substâncias também podem comprometer a saúde do feto em caso de gestação.
Exposição a poluentes e toxinas ambientais
Agrotóxicos, solventes industriais e metais pesados presentes no ambiente podem afetar a fertilidade ao alterar o equilíbrio hormonal e danificar as células reprodutivas.
Evite contato frequente com produtos químicos, priorize alimentos orgânicos e ventile bem os ambientes fechados.
Excesso de cafeína
Embora uma xícara de café por dia não traga prejuízos, o consumo exagerado (mais de 300 mg de cafeína/dia, equivalente a 3 xícaras grandes) pode estar relacionado a maior dificuldade de concepção e risco de aborto.
Prefira o consumo moderado e evite bebidas energéticas, que contêm doses elevadas de cafeína.
Fertilidade e estilo de vida: um cuidado que começa agora
Cuidar da fertilidade é cuidar da saúde de forma integral. Mesmo quem ainda não pensa em engravidar deve lembrar que hábitos saudáveis hoje influenciam as chances de uma gestação no futuro.
O ideal é buscar um estilo de vida equilibrado, com alimentação consciente, sono adequado, controle do estresse e acompanhamento médico regular.
Além disso, realizar check-ups hormonais e ginecológicos ajuda a identificar precocemente possíveis alterações, permitindo planejar a maternidade com tranquilidade.
Na Procriar, acreditamos que cada passo em direção a uma vida mais saudável é também um passo em direção ao seu sonho de ter um filho.Agende sua consulta de avaliação da fertilidade e receba orientações personalizadas sobre como o seu estilo de vida pode influenciar suas chances de engravidar!


