A dificuldade para engravidar é mais comum do que muitas pessoas imaginam. Estima-se que até 15% dos casais em idade reprodutiva enfrentem algum grau de infertilidade. Entre as causas, problemas de fertilidade feminina correspondem a aproximadamente 40% dos casos.
Quando a gravidez não acontece de forma natural, é fundamental realizar uma investigação detalhada. Nesse momento, os exames de fertilidade feminina desempenham um papel essencial, pois ajudam a identificar alterações que podem dificultar a concepção e permitem indicar o tratamento mais adequado.
Mas afinal, quais são os exames de fertilidade feminina e quando devem ser feitos? É isso que vamos esclarecer neste artigo.
Quando procurar avaliação da fertilidade feminina?
Nem sempre a demora para engravidar significa infertilidade. É considerado normal que uma gestação natural leve até 12 meses para acontecer em mulheres com menos de 35 anos e sem histórico de doenças.
No entanto, recomenda-se procurar um especialista em fertilidade nos seguintes casos:
- Mulheres com menos de 35 anos que tentam engravidar há 1 ano sem sucesso.
- Mulheres com mais de 35 anos que não engravidaram após 6 meses de tentativas.
- Presença de histórico de doenças como endometriose, síndrome dos ovários policísticos (SOP), cirurgias pélvicas ou problemas hormonais.
- Mulheres que desejam avaliar a reserva ovariana e planejar a maternidade de forma mais consciente.
Principais exames de fertilidade feminina
Quando a gravidez não acontece de forma natural, o primeiro passo é investigar as possíveis causas. Os exames de fertilidade feminina permitem avaliar diferentes aspectos do sistema reprodutivo, como a função dos ovários, a qualidade da ovulação, o útero e as trompas.
Cada um deles traz informações importantes para compreender o quadro de forma completa e direcionar o tratamento mais adequado.
A seguir, conheça os principais exames solicitados pelos especialistas.
Dosagem hormonal
Os exames de sangue para avaliar os hormônios femininos são fundamentais para entender como está a função ovariana. Os mais comuns incluem:
- FSH e LH: indicam o funcionamento dos ovários e o estímulo à ovulação.
- Estradiol: avalia a produção hormonal ovariana.
- Progesterona: ajuda a confirmar se a ovulação ocorreu.
- TSH e prolactina: identificam alterações da tireoide ou da produção de prolactina, que podem atrapalhar a ovulação.
Esses exames geralmente são realizados no início do ciclo menstrual, especialmente entre o 2º e o 5º dia do ciclo.
Exame de reserva ovariana
A reserva ovariana mostra a quantidade de óvulos ainda disponíveis nos ovários. Um dos principais exames é o Hormônio Anti-Mülleriano (AMH), que pode ser feito em qualquer dia do ciclo menstrual. Valores baixos podem indicar menor chance de resposta em tratamentos de fertilidade.
Outro recurso é a contagem de folículos antrais, realizada por ultrassom transvaginal, que também auxilia na avaliação da reserva ovariana.
Ultrassom transvaginal
O ultrassom transvaginal é utilizado para avaliar a anatomia do útero e dos ovários. Ele ajuda a identificar alterações como miomas, cistos, pólipos endometriais e até sinais de endometriose.
Durante a investigação da fertilidade, também pode ser usado para acompanhar o crescimento dos folículos, monitorando o ciclo ovulatório.
Histerossalpingografia (HSG)
A histerossalpingografia é um exame de raio-X com contraste que avalia a cavidade uterina e a permeabilidade das trompas. Trompas obstruídas podem impedir que o óvulo e o espermatozoide se encontrem, dificultando a gravidez natural.
Esse exame é indicado principalmente quando existe suspeita de alterações nas trompas, como em casos de infecções pélvicas anteriores ou cirurgias ginecológicas.
Histeroscopia diagnóstica
A histeroscopia diagnóstica permite visualizar o interior do útero por meio de uma microcâmera introduzida pela vagina. É indicada para investigar irregularidades na cavidade uterina, como pólipos, miomas ou aderências. Em alguns casos, pequenas alterações podem ser tratadas já durante o exame.
Exames para investigar a ovulação
Além da dosagem de progesterona e do ultrassom transvaginal, existem outros recursos para avaliar se a ovulação está acontecendo corretamente. O mapeamento folicular, por exemplo, acompanha o crescimento dos folículos até a liberação do óvulo, sendo um exame dinâmico e muito útil em casos de infertilidade.

O papel dos exames de fertilidade feminina na escolha do tratamento
Os exames de fertilidade feminina fornecem informações valiosas que ajudam o especialista a identificar a causa da dificuldade para engravidar e a escolher o tratamento mais adequado.
Por exemplo:
- Se o problema for a anovulação, pode ser indicado um estímulo medicamentoso.
- Se houver trompas obstruídas, a fertilização in vitro (FIV) pode ser a melhor alternativa.
- Quando a reserva ovariana está baixa, pode-se considerar o congelamento de óvulos ou técnicas de reprodução assistida com doação de gametas.
Ou seja, além de esclarecerem o diagnóstico, os exames também direcionam o planejamento reprodutivo de forma personalizada.
Entendendo o próximo passo
Os exames de fertilidade feminina são fundamentais para compreender as causas da dificuldade em engravidar e para planejar a maternidade de forma mais segura e consciente. Saber o momento certo de procurar ajuda, especialmente após 6 a 12 meses de tentativas sem sucesso, é essencial para não perder tempo precioso.
Cada exame traz informações específicas sobre hormônios, ovulação, reserva ovariana, trompas e útero, compondo um panorama completo da saúde reprodutiva da mulher.
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