O que é a Mini Fertilização In Vitro (Mini FIV)?

Na Mini FIV, a prioridade é a qualidade e não a quantidade de óvulos. Devido a essa característica, ela geralmente é indicada para mulheres em idade avançada

A Mini Fertilização In Vitro (Mini FIV) se baseia na utilização de uma combinação de estimulação ovariana com comprimidos e pouca medicação injetável. Alguns pesquisadores acreditam que dois ou três óvulos são suficientes para a produção de embriões de qualidade. Partindo desse princípio, a paciente que opta por essa técnica produz de um a quatro óvulos, no máximo.

Na Mini FIV, a prioridade é a qualidade e não a quantidade de óvulos. Devido a essa característica, ela geralmente é indicada para mulheres em idade avançada, quando a reserva ovariana já está escassa e os óvulos não apresentam boa qualidade.

A Mini FIV, por produzir uma quantidade menor de óvulos pode ser interessante para casais que não desejam congelar embriões, geralmente produzindo mínimos efeitos colaterais (pois emprega menor quantidade de medicamentos).

Diferença entre Mini FIV e Fertilização in Vitro:

Na Fertilização in Vitro (FIV) convencional utilizam-se doses maiores de medicamentos para estimular os ovários e, assim, gerar uma quantidade maior de óvulos e, consequentemente, aumentar a chance de gravidez por ciclo de tratamento.

A principal diferença entre um procedimento e outro consiste na intensidade da estimulação ovariana. Na Mini FIV, o ciclo menstrual e as taxas hormonais naturais são aproveitados para que o ovário seja estimulado no momento certo, com baixas doses dos medicamentos estimuladores do crescimentos e maturação dos óvulos. Já na FIV convencional são utilizados medicamentos injetáveis por cerca de 10 a 11 dias seguidos para estimular a maturação de um grande número de óvulos. Dessa forma, o número de embriões gerados na FIV convencional geralmente é maior, devido à quantidade de óvulos aspirados dos ovários.

Outra diferença entre os dois tratamentos é o valor de cada um. A Mini FIV tem um custo mais acessível, pois os gastos com medicações para a estimulação ovariana são cerca de 30 % menores e geralmente não há despesas de congelamento de embriões excedentes. Entretanto, é importante ressaltar que os custos relacionados à punção ovariana, despesas com anestesia e aos processos feitos no laboratório são os mesmos da FIV convencional.

Para quem é indicada a Mini FIV:

– Mulheres com mais de 38 anos de idade, que tenham pequena reserva ovariana;
– Casais que não desejam congelar embriões excedentes;
– Para tentantes que preferem ter menos efeitos colaterais, comuns em tratamentos de Fertilização in Vitro, como inchaço, retenção de líquido, ganho transitório de peso.

Para quem não está indicada a Mini FIV:

– Nas pacientes que desejam realizar estudo genético embrionário pré-implantação, pois quando se opta por este procedimento, busca-se obter o maior número possível de óvulos, visando o desenvolvimento de embriões ao estágio de blastocisto, quando é possível realizar a biópsia dos mesmos;

– Para mulheres que tenham boa reserva ovariana.

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